terça-feira, 30 de outubro de 2007

Nos Bastidores

Homicídios infernais
Suicídios invernais
Livres maldições

Acontecem nos bastidores

Castigos saborosos
Cortes extremosos
Vivas premonições

Acontecem nos bastidores

Facas!
Gritos!
Delírios!
Delitos!

Tudo o que não sabes NOS
Tudo o que não queres saber BASTIDORES


Tão longe quanto a tua imaginação o permitir..

Pedra Crepuscular

Processo de sedução
Raparigas mortas não dizem não
Corpos difamados
Escutam-nos a apodrecer
Uivos seleccionados
Observam de dentro
Beleza branca, noite branca
Sinos da catedral
Escadinhas da culpa
Morte desenhada em estátuas
A hora da penitência
Sufoco
Arrependimento
Confissão
Para além da sepultura
A dor continua
Expulso o inconsciente
Choro fogo
Desejo partir
Na pedra crepuscular

Guerra Das Luzes

Gostava de conhecer um outro lado de ti
Quarta és usada, gasta, atormentada
Planeada demasiado depressa
Quero ter tempo para te reconstruir
Imaginar, não sei, uma voz entrelaçada
Raios de água luminosos com todas as cores que escolheres
Comprados num desafio violento magistral
Nas costas, nas pernas, nos ombros
Nos buracos, nos trejeitos, nos livros
O sítio onde os falhados são livres por um momento
A guerra das luzes acentua-se...

sábado, 27 de outubro de 2007

20 Minutos

Luas multiplicam-se à minha volta
Hoje escrevo outras substâncias
Substituo rotina por acaso
Espero o inesperado fervorosamente
Mundo diferente leves alterações
O que as pessoas fazem quando não estou lá
Universo paralelo em continuação
Pedrinhas espalhadas mostram a direcção
Sigo a intensidade de caras anónimas
Saboreio as vozes que se me apresentam
Num instante preso em algo descoberto de repente
Viciado no ínfimo reconhecimento
Estradas duras acariciam-me delicadamente
Escolhi as escadas mas também serpentes
Enganei-os a todos
Enganei
Um gigante entre mortais
Só 20 minutos mais tarde

Perder-se Em Si Bemol

Desejos inconscientes
Memórias inconvenientes
No fundo do túnel, a escada

Tremido singelo sensível
Vaga discreta apetecível
Reflexo na berma da estrada

Quero ser o vidro que me trespassa a pele
Quando aperto longe demais
Ser os inúmeros pontinhos que me surpreendem e dançam
Congelados no meu rosto
Gotas de lâminas sublimes que me atingem e soluçam
Sangro leite
Posso contá-las, observá-las, escutá-las
Não param até me deitarem no chão em degrau
Olhos! Olhos! Os vidros têm olhos!

Sou engolido por escadas
Sou absorvido na farsa
Envolvi-me na decepção ardente
De outro tempo, de outra mente...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Vamos Criar Mitos

Mundos
Universos
Efeito sonho
Estrutura despedida contesto desafios
Intensa inspiração ardes em mim
Escondida descrição permanentemente visível
Encho a minha cabeça prostética de novidades plenas
Quero reler e ler reler-te
Sacudir conceitos planeados
Deixá-los de rastos, espalhá-los
Interiorizar tudo o que libertas
Encadeamento trespassado
Ensinar a gritar
Ampliar
Veludo intensidade
Estreia surpreendida
Gosto dos teus finais
Há palavras que te pertencem
Interferimos onde desejamos
Cirurgiões delicados explosivos
Introduzir classe na foto eterna
Indolência esmiuçada
Deixar de lado rodeios
Deambulações neutras
Duplicas em perfeição um estado que antevejo com mestria
Como um esboço materializado de uma obra-prima em sintonia
Não vou parar de te projectar
Quero-te puxar
Tenho o teu sabor
Confirmas-te
Escorre pólvora da tua boca fúnebre inquieta
Acredito num inferno entusiástico
Requintado a cada imparável segundo
Dando as boas-vindas em chamas
Sorrindo em fogo inscrito
Beijável
O quê?
Outras presenças?
A
Sim
Ceramente
Escapam-me

Prepara-te

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

T.P.R.

Coleccionar perfeições em sonos e demais instâncias
Enlevo único, és
A mão que saltita fora do livro renegado

Tua tela
Tua pele
REAL

Subir ao pensamento e deslizar da mente mais alta
Inspiras-me, elevo-me
Lanço-te toda a essência que me resta

Grito

Tua tela
Tua pele
REAL

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Eu Sei

Agora depois
Caras imperfeitas
Desprovidas
Conversas rebuçado usado
Gritam, levitam

De um portal
Azul de pixéis
Surges renovada
Tu, foste tu
A culpada

Destruíste a
Calma que persiste
Personagem fantasia
Real em cada dia
Em cada momento

És tempestade

domingo, 14 de outubro de 2007

O Feiticeiro De Oz

No imaginário de magos penetro e espreito
Leio manuscritos antigos envelhecidos
Sobreposições de contos celtas misteriosos
Relatos de bruxas dançáveis
O feitiço do Graal
Sons dispersam-se, gritam a sua forma
Pianos e violinos preenchem espaços
Flautas intercruzam-se, aliam-se
A gritos bárbaros, plenos de expressão
Almas transparentes em evolução
Mestres de uma Natureza supostamente intocável
O cheiro a tudo que é fresco
Vestes despreocupadas em tributo ao arco-íris
Todos são elementos uns para os outros
Como Água, Ar, Terra e Fogo para os restantes mortais
Guitarra super melódica confusa
Fios num crescendo de intensidade
Plagiamos os Deuses
Celebramos a música
Não pode faltar nada
Verdes elfos foram convidados
Romanceiam fadas desprotegidas
São todos visíveis
Eu ordeno
Vamos orar no cemitério das borboletas
O banquete da magia natural
Encomendada algures
Hidromel e cores
Mulheres em êxtase
Lançamos olhares uníssonos
Nuances únicas em toda a diferença
Voamos com capas reluzentes em corpos fascinantes
Paisagem de harpas selvagens
O lugar onde empunhamos espadas cravejadas
Sem hesitar
Onde abraçamos estrelas e ainda as idealizamos
Depois de nossas
Brilhamos na textura de um plano
Um conceito
Sorrimos até os lábios se rasgarem
Sadismo inflingido como dívida à perfeição
Aproveitamos o infinito neste quadro
Desenquadrado que ganha vida
O postal de recordações onde até a simplicidade
É épica
Em direcção ao sol
Estas asas nunca poderão derreter
Esgotei já todas as réplicas
Sou
O Feiticeiro de Oz

Finjo-me De Sofá

Poster cliché
Guitarra desarrumada
Mini vitral
Moldura banal prateada
iPod em silêncio
Sapatos axadrezados
Cachimbos e quadros
Coisas por todo o lado
O olhar não se foca
Provoca, diverte
Colcha fofa parada
Bola de futebol de marca
Caixa com CD's gravados
Aranha de plástico
Canecas decorativas
Bonecos enormes
Telemóvel, colunas, relógios, espelhos
Em contexto azul
Neutro e intenso
Até a Shiva em miniatura me rodeia e assiste
Esbatidas
Todas as cores de um pesadelo
Não suporto
Sem ninguém dar por isso
Despareço
Finjo-me de sofá

Deuses Outra Vez

Marcas de dentes gravadas na pele
Valsa vampiresca
Contemplação

Lábios perfurados, gotinhas
Cordas e teclas
Excitação

Dor
Prazer
Drama
Comédia

Nada de metades

Emoções a explodir
Exageros a cintilar
Arte vibrante
Intensa, chocante

Crime sem vítimas
Ardemos juntos
Percorremos o Inferno
Numa brisa quente

Somo Deuses outra vez...

sábado, 13 de outubro de 2007

Selvas molhadas

Feras desgastadas

Olhares desprezíveis

Jogadas imperceptíveis

Outono

Luar

O mito de esperar

Quem queres ser?

O ritmo ou o leão?
Criei um ritmo que flutua e evolui
É a consciência do interruptor
Dominar um lado assistindo aos dois
Vísceras em pedacinhos, unidas
Recriam-me
Porque hoje, empresto a minha voz a um unicórnio
Em crise existencial
Asseguro-o constantemente:
Ele e eu somos um
Tão imaginados que já somos reais

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Chamas Brancas

Estou em chamas
Chamas brancas
Decapitadas
Chamas brancas
Partidas
Chamas que se esvaem
Penetrantes
Volto atrás
Puxas-me o braço em jeito superficial
Recorto pedaços do teu vestido
Espalho-os no chão do palácio
De luzes adormecidas
Sinto-te o sabor uma última vez
Aguardo por suspiros certos
Não me deixes assim
Estou a arder
E tu atiras-te por aí
A descrever o fogo

E Ele Disse:

Não escreverás deliciosamente este pensamento!
Conheço bem a tua mente atingível degenerada!
As tuas palavras são punhais mortíferos
Estás ansioso por as libertar e as pregar
Na bandeira de sangue debilitado do teu núcleo visual
Queres ser o filtro maleável, não é?
Balançar o magnetismo antes dos bonecos te substituírem...
Dominar a extinção descodificada...
Bruma cénica
Prédios
Cidades
Paisagens sónicas
Incompreensão
Excitação
Madeira colorida
Desbotada
O Mestre aguarda-te nos seus fios desarrumados...
Hoje ele deixa-te dançar mais cinco minutos...
Olha bem
Repara como o teu piscar de olhos não é assim tão natural...
Automático
Geral

Preço Do Desejo

Não gosto da voz imposta ou camuflada
Sou uma celebridade tendenciosa na
Ilha paradisíaca refinada aos encontrões
Dissonante atonal alienado
Não gosto da neve violinesca
Queima o arco devendo suportar o ruído
Efeito cascata aconchegante
Relâmpago elevado a 2
O preço de um subtil desconforto
Deixado desconfortável a duvidar...
Digo-te, és mais a minha confissão
Do que uma serva sensual

domingo, 7 de outubro de 2007

Menos Queres

Sou a tua dor
A tua fome
O teu frio impossível
A tua inspiração lúcida que se fortalece
Em cada piscar de olhos, retorcidos
Concretizo a tua violação
Um sangue provado salgado
Sexo esquecido
Cortes
Dos mais leves aos puros intensos
Inflingidos ou pouco propositados
Aquele dia na escola
Chamaram-te nomes
A vítima torna-se habitual
Primeiro natal incompleto
Discussões são gritos de anjos no inferno
Prenda de neve
O quarto da luz falsa
Posters que não te enfrentam
Amigos, aparecem tantos
Seringa do refúgio
Num instante ninguém te julga
Sente saudades da beleza
Daquela que nunca encontraste
Que nunca viste em ti
Delírio verdade
Tu és tudo
Tu és nada
Estás morta
Para ninguém
Amo-te lua!

Apeteceu-me dizê-lo
Explodes caracteres desconhecidos
Nessa noite sonhadora

Sou o teu mimo bipolar

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

É Esta Chuva

Que me podes ensinar com um livro fechado?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Fumo delicado

Olá! O meu cérebro desidratado explodiu às 14:33
Que pequenos pedaços!
Leito de leite e veias
Estava observável
Receitas de culinária antigas
Memórias de desporto
Séries fracas absurdas significativas
Camas de céu
Ketchup musical
Movimentos na paisagem com actrizes vulgares
Cor de rosa, muito cor de rosa
Paixão súbita alternada
Porque abres a blusa?
Porque deslizas?
Porque te mostras?
Aceitação motivação gratificação
Ainda mais imediata
Rebeldia recalcada controlada, combate
Foi ela
Que me pintou a unha de preto
Só uma, das 10
Se me vires na rua
Estarei à espera, à volta de sons
Ansiando por fumo delicado
Sem perguntas
O cérebro estará completo mas
Devastado, rachado
À vista, com toda a insanidade
Que permito que absorvas