segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

as estrelas libertam energia aleatoriamente(hoje não sou sortudo)

Criar mensagens em devaneios hipnóticos, códigos da alma descobertos, incêndio imediato. ignição repentina do raciocínio.

Vítimas, voltem à sala de regeneração inicial, desequilibrado insonorizado, o prólogo serve para relaxar, uma cerveja antes de começar, conversa auxilia o desespero, grato pelos gritos, anfitrião das memórias, toxicodependente em part-time, mestre dos impulsos, frequentemente inoportuno.

Sai de casa, abandona lâmpadas senta-se na rua à procura de palavras, à procura de palavras. E se aparecer alguém? Disfarça-te! sparkles! glitter!

"Sou a fada do pó, snifa-me e serás feliz"

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Compromisso Com o Conflito

É a mulher que grita toujours sem medo de dizer "boa tarde", que avalia a conduta na impossibilidade do desejo, vontade de se transfigurar e multiplicar na necessidade do acessório. Apropriar-me da janela, vida num parágrafo afirmativo. Faço a introdução do ânimo: significados diferentes a catalogar os sentidos. Completa-me as frases com gosto, escolhe o que quiseres, elimina a execução pré-delineada. Dissecar a aura invejosa de Caim, aponta onde começa a insatisfação. A alegria de uma criança inferior, hiperventilação agridoce, murmúrio apocalíptico que bate, afunda, exagera, polui. Trocas de cuspo e saliva, interiorizar a outra boca, sou visionário da tua inevitável cartilagem. Esmoreço eufórico e miserável na antecipação do infinito.

Desequilíbrio Controlado

Vamos ser lineares e idealistas, revolucionários e previsíveis. Aprender sinfonias e revisitar os clássicos, atacar com palavras fúteis discursos complexos. Hoje a igreja incessante repete badaladas, orações. E nós incendiamos florestas para nos aquecer. Vamos ser.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As Dinâmicas Da Redundância

No sentido de explorar o esqueleto pede-se licença para sorrir para beber para pedir licença. Realça-se o âmbito nulo, temáticas manchadas de inaptidão vocal, falta de talento ao manipular um discurso. Respira-se pelo túnel, upgrade de emoções fatais, cama vazia, cicatrizes invisíveis em segredo, não podes contar, não deves contar. Uma pequena festa anima meia dúzia, ninguém fala extensivamente sobre pálpebras, comodismo intravenoso, colorido e venenoso. Comete a delícia de uma alternativa dilacerada. Gangs rivais dão as mãos, lomograficamente. Laboratórios de estética são construídos aos suspiros. De cultura, as páginas são intuitivas, estratégicas como xeque precoce. Não se lê por ironia, espirro prolongado que dissipa indícios de dor. Literatura leve flutua e desaparece, auto-ajuda auto-ajuda-se. Temos de terminar. Conversa mundana esgota-se na génese, é por simpatia e habituação que se continua. Uma multidão ri-se mais que um homem. Perguntas assustam, cálculo incalculável, dúvida-abismo. Duas maneiras.

1- Aceitação do eu, espírito e carne, processo sublimado sem anestesia, o outro lado do espelho, vê-te a ti sendo outro.

2- Reconhecimento, morte da aceitação, o corpo como veículo para a auto-destruição.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Subtilezas da Minha Neo-Nusa

É noite extrema, delicada por anunciar. É noite de borracha por imposição divina, promulgada por bússola escarlate. Chuva violeta filtra animais ensopados, lei da atenção em contornos insípidos.
Com sinceridade e criatividade se relatam subtilezas, neo-musa caleidoscópica reabilitada, bebe cristal impuro de um sapato íntimo intimidante timidez obliterada.

dissecação/divisão

e fala e há coisas a dizer e há coisas a dizerem e são coisas que dizem coisas que trazem mais coisas para dizerem outras coisas e sempre e nunca é tudo e tudo e nada é mais e há sempre sempre a dizer e são coisas que andam à volta e voltam para nós e voltam para elas e sobem pelas portas e arrancam portas e se não te importas queria ser uma coisa e cair em mais coisas e chamar mais coisas para dizerem mais coisas tropeçar em doses de doses de coisas de coisas de coisas passar a vida num instante passar a vida numa coisa

nada a punir nada a perceber nada a recear

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

À James Dean...

carnívoro e queimado. Carta da morte sem desculpas práticas: um embaraço escrito. Acelerado e clandestino, esboço rodoviário no sonho final. Tabuleiro moribundo, James debate o impossível e bebe um copo com o infinito. A alma não tem cigarros, não queima não se deixa queimar nomeada ao noivado chamada a distribuir alianças pede licença na ironia no poço não posso pensar recluso do metal caixa heterogénea de vidro cinzenta Porsche 550 Spyder ambulância-colisão vem-me buscar quando arder menos menos

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