"As piores coisas de que me posso lembrar são muitas e prefiro excluí-las neste momento.
Neste momento agora, deprimo a importância do céu, renego as trevas que flutuam.
Flutuam as nuvens, têm masmorras grandes e bonecas com diamantes em vez de olhos.
Olhos, imagino os teus, grandes e exorbitantes, pedras com valor, são os olhos que definem a máxima vitalidade, podemos ler nos olhos, mini-consciências activas.
Activado o espírito, surpreendo-me como funciona o abuso do ritual satânico não pronunciado.
Não é preciso pronunciar palavras secretas para entrar em transe.
Deliciado pela sedução das tuas profundezas, leve hipnotismo, vicio-me em pormenores.
Beijo-te os dedos.
Há muitas palavras libertadoras, há velas que te ajudam a separar o aroma do fumo.
Penso em ajudar-te, nessa prisão de espelhos, multifacetada individualidade que te garante nada mais que loucura.
Há mais pessoas que a tua sombra permite.
Todos por todo o lado, torno-me num exagero suicida, perfeito ícone de black metal.
Motivos inexistentes para castigar o nome, pouco atraente em fotografias de má qualidade.
E o silêncio não pára.
Sou uma droga vivida no invisível placebo.
Dançando ao ritmo anestesiante de um xilofone, evoluindo para a infantilidade em supremos ritos de eternidade.
Esta é a imagem projectada por um mundo no abismo.
Os precedentes da dor e do fogo.
Debatendo o impossível, falo de mim e dos dois, somos um.
Porque tudo é fácil: existe o que queres, amas o que não vês, sobrevive o que não desejas.
Escrevo sobre nada.
E nem sei o teu nome..."
in O Interlúdio Do Teu Corpo Pertence-me
quarta-feira, 13 de maio de 2009
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