- Iludes-te com a realidade?
- Há ilusão no conhecido?
- Prefiro o inexplorado.
- Mas mesmo dentro da realidade ainda há muito a explorar...
- Então, por favor, diz-me o que existe. Diz-me o que existe para além deste antro semi-selvagem.
- (...)
- Preferia que fóssemos primitivos, de volta à Natura. Talvez assim as prioridades mudassem.
- Então mas estás a queixar-te de quê?
- Do futebol. Das cidades. Das conversas. De tudo que é simplesmente recriado. Para mim, deviam destruir tudo que já foi inventado e começar tudo de raiz, adoptando novas formas.
- Isso é criativo, mas não é viável.
- Mas pode ser, não entendes? Podemos mudar tudo. Porquê este comodismo?
- O comodismo faz bem, forma a sociedade. O trabalho anestesia as pessoas, não têm mais tempo para nada. Querem imitar-se, optam por imitar-se mas nem é de forma plenamente consciente. Apenas não conhecem melhor.
- Mas têm de mudar, eu quero que mudem!
- Não dá. É a vida.
- Desculpa? O que acabaste de dizer?
- É a vida. É uma expressão.
- Foda-se, odeio isso. Odeio tudo que já foi criado, não te disse? Essa frase está gasta, é nula de conteúdo. Odeio-a. Odeio-te.
- Que queres que te diga? Não consigo inventar nenhuma frase neste momento. Estou sem inspiração.
- Fode-te. Fode-te. Fode-te. Se precisares de mim, estarei na morgue.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
És como uma folha em branco no meio de fotocópias e fotocópias da mesma folha.
..são como vírus, que alastram sem limite. Mas há que admitir que o método é bastante eficaz.
O que vale é que ainda há uns tantos com umas vacinas à mão ;)
sempre um prazer karma beavis
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