quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Irrelevância do Caos

Gosto da palavra limão. O Dalai Lama tem uma cara bondosa. Há quem tenha medo do sucesso. Tenho inveja do Hansel e da Gretel. Gosto de contos de fadas. Gosto de fadas. Gosto de contos que ocasionalmente envolvem fadas. Adoro o ALF. A mulher do tubarão é a tubarona. Uma criança não sabe soletrar S-C-H-W-A-R-Z-E-N-E-G-G-E-R. Não consigo ver auras à volta das pessoas. Gosto de filmes com espadas. A melhor música dos The Smiths é I Want The One I Can't Have. Não gosto de acrónimos como IMO e LOL.
IMO LOL é estúpido. Critico o que não percebo ou não quero perceber. Gostava de experimentar pelo menos uma crucificação. Curto melancia. Ruivos dão-me vontade de comer cenoura. Queria conhecer uma psicóloga chamada Ana Lisa. Acho a Mary Poppins idiota. As prostitutas adoram sexo. Acho que sou desiquilibrado. Sei mentir pouco. Devia falar menos. Sou tremendamente forte. Como um cubo de gelo no microondas. Há mocas naturais. Gosto de experimentar tudo. Indefinição é morte. Normalmente tenho outsónias. Gosto de actos simples de cortesia. Não me quero casar. Quero ter uma lua de Mel Gibson. O imprevisível emociona-me. O Charles Manson não canta mal. Gostava de ter flash forwards e antecipar pedaços de futuro. Ouço vozes. Gostava de ter nome de rapariga. Cada dia tem de ser melhor que o anterior. Fuma-se no inferno? Desaponto-me facilmente com a sonoridade que sai da boca dos vivos. Existem cidades-cemitério? Não tenho nenhum fascínio exacerbado pelo obscuro. Tenho uma tatuagem de um coração no coração. Chamar a alguém de maquiavélico dá trabalho. Gasto frequentemente sílabas indevidamente. Nos exames não há saída de emergência. Não tenho curiosidade em assistir a um parto. Quero ter a intensidade do John Malkovich e o sorriso do Willem Dafoe. Vamos reunir-nos numa floresta e contar histórias. Vamos fingir que realizamos rituais e sacrifícios. Quero uma mulher-bruxa. Sou bronco e freestyle. Sensível e atormentado. Quero exibir-me em doses adequadas. Apaixono-me por estranhas. Quero criar slogans brilhantes. Nunca quis conhecer o Einstein. Não tenho coragem para o que imagino. Gosto de sumo de laranja.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

I Love Cello

(descrição do movimento terrestre)

Deve haver algo no vento que puxa a melodia para trás. Não tenho saudades do Super-Homem: nunca o conheci mas dizem que se arma demasiado. Fecho os olhos e namoros desintegram-se. Violinos são sussurros, uivos para românticos. O entusiasmo contido numa nuvem é a raiz quadrada de uma pirâmide sorridente. Não há fricção entre pessoas completamente perfeitas: discutem sobre quem está mais feliz. Se fosse animal iniciava-me nas fábulas. Ainda existem princesas em castelos à espera de serem salvas. Não me adiantaria muito uma dessas, seria aborrecida. A não ser que estivesse em chamas. Conheço masmorras que se alugam para imaginar torturas e etceteras aos nossos amigos ini. Não ligo a isso. O ódio faz mal.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

I Love Kayt

(descrição de uma garrafa vazia)

O sítio mais romântico do mundo ainda não foi descoberto. Não há problema. O príncipe-guarda-costas tem super-poderes proto-realistas: lança shurikens e hífens com a força de mil cupidos moribundos. O amor é a morte disfarçada. Há superioridade na palavra ilusão. Há feitiços que sobrevivem à chuva de unhas premeditada, alguns alfinetes entram na pele sem pedir licença: são os mais educados.
Preciso de uma injecção de algo mais. Algo que me impeça de suscitar o corpo em larga imaginação exploração pormenorizada do interior sangue sangue osso osso partido medula língua sangue.
Buddy Holly deve ser eufórico no inferno. As estrelas pop cantam no inferno.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Bala Secundária

Eliminar sensações nunca tidas é trabalhoso mas não totalmente desnecessário, só um pouco.
Gostava de ser modelo de eleição escolhido a dedo por milhares de espectadores passivos. Decido e sou. Gostava de usar fitas de outras pessoas, interiorizar a gosto o sabor interior dos fantasmas reais que sossegam e fomentam o espírito. Gostava de experienciar restos de ti. Pseudo-poesia estática, admiro o infinito que te tornaste. Fascinante palavra e adjectivo grande o calor que te corrompe, perdi o objectivo, serei monge. Reflexo natural dos amantes, a ilusão do saber morre nos braços longos da expectativa.
saber que nao
saber que nao
saber que nao
Gostava de
pensar que nao