quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Maravilha

Tenho tudo a dizer e nada a recusar. Vou discutir decoração com seres infernais. Chamo inteligência a vestir-se de branco, emulando neve. Quero escrever algo depressa e fenomenal. "Gustavo Decide Viver", nunca vi esse filme. As pulsões do pensamento, ficar à espera do sono. Philip Glass executa um piano de sonho, enforca as notas com dedos crescentes. O que há mais a fazer? Isto aborrece. No reconhecimento do vazio, aqui. Inventarei o Wonkismo, sabedoria em frases soltas. Lenga-lengas divertidos, amizade promíscua entre a Terra e o Paraíso. Vejo, mas não à distância. Há um coro de sonho à minha espera. Dentro dos olhos de Stevie Wonder.

sábado, 31 de outubro de 2009

Dia de Bruxas

conheço e odeio a perturbação da árvore do videoclip
farei uma curta-metragem com ambição de longa
"A Côncava Virgindade de Patrícia Stuart"
que título bom que título este bom para o dia da vassoura

em várias formas tresloucada
afugentava assim doidas baratas
morcegas pela janela voavam eclipsando mortes em pé forte
pedra-pomes no cotovelo raspa a dor secreta

suor de estátua espontânea a sufocar

e no vazio, a pureza particular de uma mulher
espiral o caracol pelo rosto descido
intelectual em dosagem exagerada
pequena na
descoberta do luar

que premissa boa que premissa esta boa para o dia da vassoura
este dia no carrossel dia de doce, chupa-chupas e presentes
dia bom, que dia bom
este dia de Bruxas


"Não fales com estranhos."
Nem sequer comigo?"

sábado, 24 de outubro de 2009

Agora Neste Momento

Capto o pequeno leitor, o anão, a criança. Com estas palavras forneço o stock do universo. Chuva-puta leva hífen e é chique. Chamo luxo à dor psicológica de pensar nisto. Reforçar a individualidade é chamativo mas não interessa. Tudo aqui é para mim. Se leres és intruso. Se estiveres na prisão és recluso. Ah ah, que engraçado. Nas histórias antigas haviam muitas barbas. Boa ideia era clonar moedas de 2 euros, deixem os embriões em paz. Quero conversar com especiarias no ar. Pentear meninas chatas. Patinar na lava, responsabilizar-me pela desflorestação!

A minha estupidez é maior que o buraco da camada do Ozono.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não Me Impeças De Escrever Com A Mão Esquerda

nada importa musa, nada importa
entra em coma nada importa
nada é relevante nem o nada é relevante
o caos é fortuito
alegra-te com a perdição de Novembro, sorri
circuncisamos cadáveres
felicidade numa garrafa
tenho sono e dúvidas
tenho o poder de absolver
a realidade contigo
.não chores. as outras almofadas não
valem a pena

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Fantoche Desarticulado

tenho de aprender a levitar

Hoje no dia de hoje
soube-se hoje mesmo
que o amor esgotou

Sem códigos
sem diálogos
sem doenças esgotou-se

a abstracção abstraiu-se no abstraccionismo abstracto
beleza concretizada pelo anjo da matemática

génio distorcido admiro a pirâmide
a divindade pontiaguda contraída na raiz
perfeição de comédia no meio da luz

dadaísmo inventado por gagos com sede de sa-saber

por meu decreto regresso à idade da razão
deixo que os mortos tenham língua
falo com o imaginário para me distrair hoje

a abstracção abstraiu-se no abstraccionismo abstracto
beleza concretizada pelo anjo da matemática

e com medo de mais uma assonância forçada
a escravatura arrancou a cabeça à dentada

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Testemunha da Loucura

Apenas por ser a luz, apenas por ser o traço

Acordado num olhar dissonante, a voz fica progressivamente mais elevada e fina. Sinal de pontuação mal colocada, loucura não tem vírgula. Pisca a personalidade, dobra a indiferença, esfaqueia a felicidade. Isto são ordens. Obedece.
A genialidade demora a chegar, se alguém se apercebe dela em primeira percepção não o sente.
Muito ruído. A música contorna o barulho mas às vezes explora-o.
O dragão incendeia-se espontaneamente sembustão. Sem sopro terreno construo apenas e mais uma vez a droga sem droga do corpo. Estamos em batalha psicológica, ping-pong mental.
Passo pelo recreio. Agora estão todos grandes e parecem-me patéticos.
Ignite...just for being the light, ignite...just for being the light
ele vai tomar conta de nós, vai observar-nos. a canção resulta num jardim que resulta num planeta que resulta num animal que explode num quintal, ele vai tomar conta de nós
Se não, quem o fará?
eu eu EU tu tu TU?

a minha melhor amiga partiu os dentes a brincar com uma estrela afiada. Induzo o impossível, testemunho pessoalmete a loucura.
Além disso tenho de fingir que sou um vulgar peluche.

sábado, 22 de agosto de 2009

encontro-te como um sonhador encontra um sonho:
de olhos fechados

domingo, 9 de agosto de 2009

Não




Electricidade:

desejo-te o perfeito e o imperfeito
a honestidade de um nome só sem apelido solto
solta-te, pinta os olhos
a actuação é para os visionários da censura

REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO
poetisas feias saboreiam a noite com dicionários nas pálpebras

gosto de entoar o impulso de um puzzle de 3 mil peças
saudades tuas
fode a natureza com a palavra e o esplendor da tua
alma nua

Sensualidade:

fode a estrutura
aniquila o clássico
sensual é o ódio profano da ilusão murcha

O confuso parou no aplauso menor
Jogo torna-se art rock camuflado, rectângulo rival
sede de cegos na fonte, a evidência de nascer em dor diamante

poesia: obrigas o homem a mentir o inverso


és lindo, sabias?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Irrelevância do Caos

Gosto da palavra limão. O Dalai Lama tem uma cara bondosa. Há quem tenha medo do sucesso. Tenho inveja do Hansel e da Gretel. Gosto de contos de fadas. Gosto de fadas. Gosto de contos que ocasionalmente envolvem fadas. Adoro o ALF. A mulher do tubarão é a tubarona. Uma criança não sabe soletrar S-C-H-W-A-R-Z-E-N-E-G-G-E-R. Não consigo ver auras à volta das pessoas. Gosto de filmes com espadas. A melhor música dos The Smiths é I Want The One I Can't Have. Não gosto de acrónimos como IMO e LOL.
IMO LOL é estúpido. Critico o que não percebo ou não quero perceber. Gostava de experimentar pelo menos uma crucificação. Curto melancia. Ruivos dão-me vontade de comer cenoura. Queria conhecer uma psicóloga chamada Ana Lisa. Acho a Mary Poppins idiota. As prostitutas adoram sexo. Acho que sou desiquilibrado. Sei mentir pouco. Devia falar menos. Sou tremendamente forte. Como um cubo de gelo no microondas. Há mocas naturais. Gosto de experimentar tudo. Indefinição é morte. Normalmente tenho outsónias. Gosto de actos simples de cortesia. Não me quero casar. Quero ter uma lua de Mel Gibson. O imprevisível emociona-me. O Charles Manson não canta mal. Gostava de ter flash forwards e antecipar pedaços de futuro. Ouço vozes. Gostava de ter nome de rapariga. Cada dia tem de ser melhor que o anterior. Fuma-se no inferno? Desaponto-me facilmente com a sonoridade que sai da boca dos vivos. Existem cidades-cemitério? Não tenho nenhum fascínio exacerbado pelo obscuro. Tenho uma tatuagem de um coração no coração. Chamar a alguém de maquiavélico dá trabalho. Gasto frequentemente sílabas indevidamente. Nos exames não há saída de emergência. Não tenho curiosidade em assistir a um parto. Quero ter a intensidade do John Malkovich e o sorriso do Willem Dafoe. Vamos reunir-nos numa floresta e contar histórias. Vamos fingir que realizamos rituais e sacrifícios. Quero uma mulher-bruxa. Sou bronco e freestyle. Sensível e atormentado. Quero exibir-me em doses adequadas. Apaixono-me por estranhas. Quero criar slogans brilhantes. Nunca quis conhecer o Einstein. Não tenho coragem para o que imagino. Gosto de sumo de laranja.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

I Love Cello

(descrição do movimento terrestre)

Deve haver algo no vento que puxa a melodia para trás. Não tenho saudades do Super-Homem: nunca o conheci mas dizem que se arma demasiado. Fecho os olhos e namoros desintegram-se. Violinos são sussurros, uivos para românticos. O entusiasmo contido numa nuvem é a raiz quadrada de uma pirâmide sorridente. Não há fricção entre pessoas completamente perfeitas: discutem sobre quem está mais feliz. Se fosse animal iniciava-me nas fábulas. Ainda existem princesas em castelos à espera de serem salvas. Não me adiantaria muito uma dessas, seria aborrecida. A não ser que estivesse em chamas. Conheço masmorras que se alugam para imaginar torturas e etceteras aos nossos amigos ini. Não ligo a isso. O ódio faz mal.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

I Love Kayt

(descrição de uma garrafa vazia)

O sítio mais romântico do mundo ainda não foi descoberto. Não há problema. O príncipe-guarda-costas tem super-poderes proto-realistas: lança shurikens e hífens com a força de mil cupidos moribundos. O amor é a morte disfarçada. Há superioridade na palavra ilusão. Há feitiços que sobrevivem à chuva de unhas premeditada, alguns alfinetes entram na pele sem pedir licença: são os mais educados.
Preciso de uma injecção de algo mais. Algo que me impeça de suscitar o corpo em larga imaginação exploração pormenorizada do interior sangue sangue osso osso partido medula língua sangue.
Buddy Holly deve ser eufórico no inferno. As estrelas pop cantam no inferno.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Bala Secundária

Eliminar sensações nunca tidas é trabalhoso mas não totalmente desnecessário, só um pouco.
Gostava de ser modelo de eleição escolhido a dedo por milhares de espectadores passivos. Decido e sou. Gostava de usar fitas de outras pessoas, interiorizar a gosto o sabor interior dos fantasmas reais que sossegam e fomentam o espírito. Gostava de experienciar restos de ti. Pseudo-poesia estática, admiro o infinito que te tornaste. Fascinante palavra e adjectivo grande o calor que te corrompe, perdi o objectivo, serei monge. Reflexo natural dos amantes, a ilusão do saber morre nos braços longos da expectativa.
saber que nao
saber que nao
saber que nao
Gostava de
pensar que nao

quinta-feira, 18 de junho de 2009

É vontade da vontade não ter nada a dizer. Dizer é fácil, há sempre algo a dizer. Prefiro expressar, dar, mostrar. Os segundos não se desperdiçam no abismo, utilizo-os! A minha cultura é a velocidade. Não consigo estabelecer um encadeamento lógico ou poético neste momento. Este momento está a desaparecer. Surgirá outro, claro, mas não acompanhará a pureza deste primitivo impulso. Arte refinada é para perfeccionistas ridículos. Caio na impulsividade do espontâneo e não me admiro por não ter nada de grandioso a mostrar. Serei uma Divindade Secreta, alguém para glorificar aos solavancos. Faíscas molhadas a descer pelo corpo, entrego ao nervosismo o limite da minha expanão musical: sou morte num cronómetro de cristal.

Tantas palavras não explicam a minha condição. Só escrevo porque não há forma de captar o meu espelho. Só escrevo porque sou uma alma egocêntrica. Só escrevo porque estou preso a um corpo repetido. Só escrevo porque alguém vai ler. Isto é para ti.

Não há descanso num ego in flames.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Do Nada à Sincronização

Vi tudo ultimamente mas
nada me lembro do que vi. refle
xos sorrisos pormenores
linguagem poética interior
o meu diálogo interno é um monólogo
com ilusões de grandeza

o mundo apeteceu-me

entrar na arte ser arte na palavra
=VISUAL=

Lâmpada fragmentada tenho ideias fragmentadas
recomeço na morte e ando para trás
preenchendo o que esqueci...

Ser nulo ou inconveniente são problemas que se anulam
invisibilidade torna-se sensual a quem não valoriza o corpo
]piano púrpura perpétuamente insano]

o prazer do desleixo
o prazer da depressão
diz-se que o prazer é especulação
que a beleza é imperfeição

talvez as palavras sejam placebos
e nós bonecos em trip lúcida

i*m*a*g*i*n*a*d*o*s a i*m*a*g*i*n*a*r

harmonia medieval dos machados sangrentos há

Tinta na parede
Cores de estrangulamento esbatido
As sensações têm tonalidades próprias
A realidade é minimalista

Inibições soltas motivam-nos a desaprender
o lógico vamos
sincronizar as vidas, encaixar na
mistura dos mundos, reparar
que a morte é inofensiva perante
o pensamento criativo

MAGIA
DESCOBERTA

A Essência lunar
é um aroma natural

Que fazer ao poder que não se tem?

domingo, 7 de junho de 2009

"SILÊNCIO e algo menos parecido ao som"

Àguias despenham-se no céu
não têm pulsos reais nem imaginados
pássaros imaginários poluem o mundo em construção
talvez veias do outro lado do braço
forcem um abismo visual
forcem uma cratera despida
a dar amostras de ruído

os homens não são dotados de palavra
absoluta, não, nunca foram homens assim à solta
Conversemos com Deus, aprendamos a aprender, afinal
já no jardim do Éden haviam regras

o cadáver insiste que está tudo bem
olhando para si e para as horas também
os ponteiros confundem a falta de precisão
com a falta de tempo

hardcore matemático em encostas deliciosas
há uma linha fina entre violação e prazer
"há mais gente que pessoas" já ouvi dizer
cefaleia invertida, o mundo é divertido para quem
procura a
DOR

Precisamos de aprovação, a poesia é isso, exibição.
Complexidade atribuída ao egoísmo
alimento para as massas especializadas
banda sonora lógica para pessoas com óculos

posso ser honesto aqui?
sou um réptil microscópico com hábitos de macropsia
um ser dramático com a subtileza de um martelo dócil
puro instigador de obscenidades

discurso! discurso!
O gato de Schrödinger é um travesti com pele de animal!
Morto e vivo ao mesmo tempo
Espectacular morto ao contrário

o problema do homem é o outro homem
sem comparações nunca saberia mais demais muito mais...

doença digital infecciosa
a lateralidade das bactérias ainda me surpreende
pequena cuspida baunilha em epidemia de neve
essa animalesca princesa com sono imortal tem nome

condenado:a minha doença é amar a insónia
louvar a simples condição
ser o relâmpago estilizado em câmara lenta

" -Transformei-a num manequim

- Mas o que lhe interessa isso a ela?

- É uma opção minha.

- E nao te importas se ela sofre?

- Tenho a certeza que ela ia querer. O sofrimento nem chega a ser uma palavra nesta equação.

- Como é que sabes?

- É o que quero acreditar e guio-me nisso. Desafio as leis do bem e do mal. Diz-me, tu vives no cinzento ou nas extremidades?

- Nas extremidades. Há uma inconstante entre elas. Parece mais real viver assim. Pode-se chorar e gritar com a mesma vontade"

Mulheres grávidas desfiguradas acasalam
viúvas com espadas, esta
crueldade do ego não apaixona um monstro
Caim, Abel e o Monstro
marco da história, pedra viva satânica
A Bíblia do primogénito sem letras
suicide scars
hoje sei tudo, dou-me ao luxo de obedecer à eternidade

incentivei o vulcão a apostar na SONORIDADE
Sinto-me bem
bem
sinto-me leve-leve

perto de sufocar em escritos egoístas
perto de cair em anestesia

nesse

intervalo entre o voo e a gravidade
sinto-me protegido no abraço do magma
no último piscar do crânio onde

Lennon viu o futuro por uma cebola de vidro
o futuro obliterado certamente
som torturado no silêncio, excede-se
a tortura da disease
please stop.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

(Romance Optimizado)

Semi-fractura impede-me de escrever com uma caligrafia notável. Continuo. Ainda penso no extintor e na sua implosão contida. Salva-me. Sou digno da cruz. Testemunha último da religião. Nik Kershaw fala do sol por enigmas. Uma lágrima de coca-cola não pode ser desperdiçada agora. Quero tudo quando não tenho nada. Quero tudo que não posso ter neste momento. Quero o que já tive. Quero inventar o que não tenho. Um conselho de sábios chamar-me-à em privado e não terá dúvidas do meu inegável gosto por palavras. Filósofos magistrais irão perceber o meu esforço em martelar sílabas. Psicólogos questionarão a minha vontade de preencher linhas e linhas e não escrever ABSOLUTAMENTE NADA.
Gosto das partículas de luz bonitas na água que ficam e piscam sparkle twinkle.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Anjo Verde e os Sete Poderes do Universo

Há um advogado a cochichar ao ouvido da musa
Subjectiva moda, que a catástrofe mais forte
é analógica, é conventual
é deliciosa e espiritual

Isto que escrevo não tem implicações na realidade
Não se concretiza. É triste isto.
É triste não poder chupar pérolas ao pequeno-almoço

Mas com ela e poderes imaginados ressuscito mesmo
Em linguagem simplista

Imagino uma colher mas não me serve
de nada. Nem pormenorizada.

[imaginação: unicórnios/aureólas]

O poder acelerado que peço não é o domínio absoluto.
Falo da ampulheta e do meu dever como espectador.

Parar o tempo. Paragem completa. Cardíaco nulo.
Estátuas de pele. Segundo desejo. Olhar de lente
fotográfica incorporada. Fotos em imagem parada.
Figuras de gelo ao vivo. Dentes. Sorrisos. Tendões.
Músculos. Padrões. Jeans.

Arte lenta masturbatória
O infinito reduzido a um relógio quebrado
Cinzas reconstruídas

[ ]

Na tua aparente indiferença

Estes seriam os dois primeiros poderes
A quebra óptima no momento e o registo
perfeito do intervalo

O mundo tropical envolto em silêncio
Galeria privada real para deleite pessoal
O mundo como um quadro

Close-ups estáticos, juramentos estéticos
Puro planeamento, minucioso equilibrista
Impensável artista, espectador activo
O inconclusivo, introspectivo
no nada.

Halterofilia mental
Glorifica-se o supérfluo descartando o todo
Química dos ponteiros, dança inútil do tempo

...TIC-TAC-TIC-TAC-TIC-TAC-TIC-TAC-TIC/

Percepção do quotidiano em fotografias visuais,
humanas, reais
Jantares no não-movimento
Génios sob bluff indecifrado

Controlando ?love? perante milhares de olhos
Privacidade morta
Multidão morta
Morte morta

Deus como um acessório
Deus de braços cruzados parado a ver
os outros acessórios e

o anjo verde em mim a brincar
o anjo verde em mim na génese do

Amor mais perfeito em perfeitas mesas de cristal
Perfeito


*Partilho contigo

O infinito, ele

é solitário*


(Acabou de ler

Anjo Verde e os Sete Poderes do Universo
sedução dos minutos manipulados

starring


O consumidor dos apetites do real adormecido
e a
imperatriz do silêncio escrito)

domingo, 17 de maio de 2009

Hiper-Consciência

Um pensamento mutante. Interior transbordante com projecção incluída. Este é o terror de existir: exagero de avaliação, narração contínua do activo e do inexistente. O dom de transformar o normal em vivências desastrosas. A realidade perde o encanto, alternando entre o asfixiante e o auto-menosprezo. Segurança evapora-se, uma vez expostos. Olhos são lentes que nos julgam e derrubam cada passo. Os outros observam de leve. Olham, reparam. De leve. Como se vivessem numa análise constante! Os outros não reparam fixamente nas caras e nos elementos que as tornam diferentes, não imaginam uma pessoa formada por uma multidão de vozes com um cinto de relâmpagos a elevar-se ao longo de 3 metros. Os outros não estão presos dentro da sua própria mente. Estão tão libertos que falam entre si sem se perguntarem se a roupa que têm naquele momento é a adequada. Há tanto para explorar no domínio dos outros e das vítimas da consciência. Fascínio da morte, hipotético suicídio angelical. Tudo magoa e faz pensar. Daí o fascínio. O escuro. A liberdade. Fim da problematização cerebral. Fim da hiper-consciência. Solução.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"As piores coisas de que me posso lembrar são muitas e prefiro excluí-las neste momento.
Neste momento agora, deprimo a importância do céu, renego as trevas que flutuam.
Flutuam as nuvens, têm masmorras grandes e bonecas com diamantes em vez de olhos.
Olhos, imagino os teus, grandes e exorbitantes, pedras com valor, são os olhos que definem a máxima vitalidade, podemos ler nos olhos, mini-consciências activas.
Activado o espírito, surpreendo-me como funciona o abuso do ritual satânico não pronunciado.
Não é preciso pronunciar palavras secretas para entrar em transe.
Deliciado pela sedução das tuas profundezas, leve hipnotismo, vicio-me em pormenores.
Beijo-te os dedos.
Há muitas palavras libertadoras, há velas que te ajudam a separar o aroma do fumo.
Penso em ajudar-te, nessa prisão de espelhos, multifacetada individualidade que te garante nada mais que loucura.
Há mais pessoas que a tua sombra permite.
Todos por todo o lado, torno-me num exagero suicida, perfeito ícone de black metal.
Motivos inexistentes para castigar o nome, pouco atraente em fotografias de má qualidade.
E o silêncio não pára.
Sou uma droga vivida no invisível placebo.
Dançando ao ritmo anestesiante de um xilofone, evoluindo para a infantilidade em supremos ritos
de eternidade.
Esta é a imagem projectada por um mundo no abismo.
Os precedentes da dor e do fogo.
Debatendo o impossível, falo de mim e dos dois, somos um.
Porque tudo é fácil: existe o que queres, amas o que não vês, sobrevive o que não desejas.
Escrevo sobre nada.
E nem sei o teu nome...
"

in O Interlúdio Do Teu Corpo Pertence-me

segunda-feira, 11 de maio de 2009

75% completo

Visão da morte abre-se
abre-se a consequência de esperar demasiado tempo

Beija-me agora agora agora agora agora agora
Sente-me agora agora agora agora agora agora

Até a constante repetição abafar a ideia de "palavra"
Até a respiração se tornar perfeito terror sensual
Como a sinfonia do imediato nos teus lábios (des)conhecidos

Beija-me agora agora agora agora agora agora
Sente-me agora agora agora agora agora agora

Vive o imediato

O Espectador Da Arte

Gosto de carros e bazucas, estabeleço ligações próximas com os animais do esgoto. Não são mutantes mas bem podiam ser. Sou contra tudo que é falso, até a criação desta personagem me repugna, eu não sou ele que me criou. Seguro margaridas e mastigo-as até perderem a essência de flor. É contagiante a alegria estilística que complexifica as muralhas. Sou pseudo-humano, mas já sabes, isto é tudo relativo. O objectivo é divulgar, nem que seja o interior de um peixe afável. Tragam analogias para diminuir o sofrimento, tragam formas diferentes de marcar a passagem do tempo. Fisioterapia mental, reparo nos maxilares e mais que vou narrando por palavras mágicas cheias de nevoeiro adaptado. Interrompo a melodia virtual exagerada que emancipa as línguas, quero instaurar, amplificar o conhecimento das frases declarativas. Não sei muito do que se passa por aí. Idealmente o céu teria mãos e póneis atravessariam o deserto em voos nocturnos. Serei o herdeiro natural da mudança de opinião. As pessoas respiram sem se quererem matar. É bom e estranho. Eu não consigo, nem conseguiria conseguir. Deixo-me a sufocar. Deixo-me a assistir, eu. O espectador da arte.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Temos ideias.

Uma carta para quem tem olhos e imaginação

Lembras-me alguém que conheci, nem há muito tempo, foi há algum. Era a possibilidade da perfeição tornada real, realíssima, mais que real. Gosto de enumerar palavras, mas não ligues, eu escrevo mesmo só para mim.
Gostava de lhe ter dado dois beijinhos continuamente e algo mais no entretanto. E porque falo dela uma vez e outra? Porque está aqui e corrompe-me, mostrando-me a incapacidade das circundantes. O vício por amores impossíveis já possíveis no passado impossíveis em outros tempos. Quero ser MAIS completo. Cereais com brinde lá dentro. Assim. Só assim. Ela também escrevia assim. E tinha ideias. E ainda não te conheço. Não posso pensar em alguém sem cara. Seria inestético além de problemático. Que se lixe quem já passou, a estrada é grande e não vejo razão alguma para decapitar estrelas.

Acabo a carta, não com um conselho, nem sequer com uma lamúria. Apenas uma opinião, uma ideia, se preferires.

Hoje é noite e noite é lua gosto da lua ELA BRILHA*

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Acidez Adocicada

Não há sinónimo para sinónimo

O luar é imponente na claridade fictícia por si mesmo provocada. A claridade fere, lábios ferem, finos ferem, magoam, claro que são claros, são olhos com luar, claro que magoam, são vermelhos e ácidos, imaginados e sempre desvanecidos. Sempre em maçã em forma de boca, sumo de fruta com lábios de maçã, fragmentos de bíblia pornográfica.

********XXX**********

chamo-te tsunami interior
, evilstar aconchegada

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Separar Sensações/ O Desvirtuamento do Real

(a norma e o absoluto)

No som da optimização, a transmissão da identidade aproximada do feminino mundo.
O antigo que já nada suscita, a própria presença é gasta e previsível desde a palavra primeira.
As semi-presentes latejam. Por um lado a possibilidade aberta numa dimensão concebível. Mostra um choro confortável, fácil de lidar. A ponderar então, rápida droga de conforto aparente, definitivamente funcional. O outro caso passa por uma resolução furtiva. Problemática depois da waterfall. Talvez seja melhor deixá-la repousar. Problemas que lida com reacções contraditórias e línguas regulares no jogo da escondida.

Por fim, a vertente mais forte, que entrelaça e descobre, que liga e conecta. Ultrapassa.
Passado e Futuro com passagem pelo Presente, pelo Agora.
Pensando-a afastada da minha realidade, volta a fazer-se notar. Não sei o que prefiro, sofre-se na ausência total, mutila-se na ausência parcial. Mutilado por pequenos pedaços dela. Recusará a minha essência total e absoluta disponível para cada fibra do seu corpo absorver. Lembrou-me que é a minha musa, não o sabe, não o deve saber. Talvez o saiba em diminuto. Provavelmente calcula levemente o seu impacto mas não o desejo imenso que me oferece e retira. Inspira-me, faz-me querer sobrevoar qualquer horizonte ou nuvens com aspirações de Céu. Ela é a Grandeza sem qualquer tipo de ilusão. Tudo que faz, pensa e diz está correcto. Isto não pode ser uma generalização. É perfeita e imperfeita. É exactamente tudo. Suscita-me, faz-me interiorizar a missão primitiva de melhoramento. A definitiva promessa. Continuo perdido nas suas sílabas perfurantes. A sua mente. As suas ideias em ascensão. A partilha, a troca incansável, o que seria, o que poderia ser. Será real o que (não) temos? A sua cara. Aquela cara. E um corpo. Provoca-me, tudo nela me provoca, tudo relacionado com ELA grita por mim. Vendi-lhe a alma. E nem pedi nada por essa aquisição. Foi uma oferta. Isto. O que aconteceu hoje em mim. Ela aconteceu-me. Inalienavelmente.

sexta-feira, 13 de março de 2009

A memória humana é extensa, não explode
Bombas são pequenas, rebentam
Espera UM POUCO
Se quiseres falar, trepa pelo
cordão umbilical

Denomino o Futuro desta miserável córnea
Não concordo com o ênfase dado aos assassinos da palavra

Demonizo e excorcizo neste manuscrito o maneirismo central
que governa as bactérias
Nanotecnologia infantil implementada por ananás
digital: o Futuro chegou, melhor
aspecto, qualidade, vida eterna
à distância do telecomando

Conclusão para a vida terrestre:

Faço amor nos intervalos
Uso anjos em auto-asfixia erótica

quarta-feira, 11 de março de 2009

Loucura. Pressão da perfeição. Inadaptados. Lon Chaney. Lon Chaney. O Fantasma da Ópera. O Corcunda de Notredame. Tod Browing. Anormais. Circo. Contorcionista. Amor. Romance. Ilusão. Justificação. Sacrifício. Dead-Legs. Lorenzo, the Armless. Facas. África. Um de nós. Um de nós. Aceitar a diferença. Motivos. Pretextos. Morte. Obsessão. Quando o objecto da loucura desaparece a morte intervém. Sacrifício. Lon Chaney. Filmes mudos. Diferença. Inadaptado. Um de nós. Esqueleto. Terror. Horror. Preto e Branco. Vida sem som. Banda sonora inventada. Incompreensão. Pressão. Personagens. Lon Chaney

sábado, 7 de março de 2009

Sepultura Explícita

Há homens que gaguejam na plenitude parada e em breve param
Tatuam hipotálamos em gráficas travadas, NÃO!
Nunca sei o que é isso
Beber líquido inalável de uma poça de mármore

Inaudível também o escape da beleza
Já que se acompanha a todos os sítios
Já que se acompanha, acompanha-se

Arrepios percorrem a estrela
Lingote em labirinto infame contrai-se no núcleo
O horror da sinfonia, os homens de pés adversativos, o
Mistério da envolvência de fadas no ritmo de anões
Sono abismo profundíssimo
Espionagem murmúrio

O nado-morto de uma vida sem ti

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

"O Clássico Método de Entubar Antílopes"

- Iludes-te com a realidade?

- Há ilusão no conhecido?

- Prefiro o inexplorado.

- Mas mesmo dentro da realidade ainda há muito a explorar...

- Então, por favor, diz-me o que existe. Diz-me o que existe para além deste antro semi-selvagem.

- (...)

- Preferia que fóssemos primitivos, de volta à Natura. Talvez assim as prioridades mudassem.

- Então mas estás a queixar-te de quê?

- Do futebol. Das cidades. Das conversas. De tudo que é simplesmente recriado. Para mim, deviam destruir tudo que já foi inventado e começar tudo de raiz, adoptando novas formas.

- Isso é criativo, mas não é viável.

- Mas pode ser, não entendes? Podemos mudar tudo. Porquê este comodismo?

- O comodismo faz bem, forma a sociedade. O trabalho anestesia as pessoas, não têm mais tempo para nada. Querem imitar-se, optam por imitar-se mas nem é de forma plenamente consciente. Apenas não conhecem melhor.

- Mas têm de mudar, eu quero que mudem!

- Não dá. É a vida.

- Desculpa? O que acabaste de dizer?

- É a vida. É uma expressão.

- Foda-se, odeio isso. Odeio tudo que já foi criado, não te disse? Essa frase está gasta, é nula de conteúdo. Odeio-a. Odeio-te.

- Que queres que te diga? Não consigo inventar nenhuma frase neste momento. Estou sem inspiração.

- Fode-te. Fode-te. Fode-te. Se precisares de mim, estarei na morgue.
Caso bicudo o do homem sem queixo
Tenta pensar mas não tem onde apoiar
Os dedos

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Sem Assumir Responsabilidades

(profissionalismo do tubarão)

Impresso livro saltando o meio, tens o início e o fim, imagina o meio, como a vida, como a novidade, só tem impacto nas extremidades.
Somos grandes e estáticos, implicamos riscas com riscos no vestuário nominal.
Relva salteada em movimentos ocultos, sugamos o sol como um perfeito anti-vampiro.
Suportamos questões balançadas na dúvida, tornamos as respostas vazias na indiferença.
Muito trabalho o trajecto para fundir o anel, muito profundo o precipício.
Somos aqui.
nA vida que acontece enquanto não fazemos nenhuns planos.

*

(simetria do interruptor)

30 minutos de mais uma palestra que a geração nossa vai absorvendo. Comichão no sítio onde não se chega. Convidava-a para o que ela quisesse, era como ela quisesse dizem as más-línguas no barulho de homens/ tornados/ cães.
Os anjos são casados, a paixão arranjou uma amante única, gravidez é traição.
Choram as hormonas por um riso; debate-se o futuro perto, a incerteza do acordar.
Nunca me lembro do sussurrar que não ouço.
Gostaria de ser verde e irresponsável, sem de nada assumir responsabilidade.
Ninguém pode culpar uma cor, ninguém pode qualificar como impura uma alma cinética com vontade de renovação.
Não sei o intuito explícito da escrita ou sequer do movimento.
Raios laser detectam o mesmo e nem um rasto de migalhas deixei
para me
seguir até
casa.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Caracteres Japoneses Formam Belas Figuras

Tremendo parto insectual, pago perfume
de lágrimas últimas de lábios trincados
Sem horário réptil ambulante
Contando horas e línguas

Prolongamento de minutos e lapsos
Há a situação da sombra trocada que
gritava surpresa ao caixão do lado

Gritante antítese eu

Aprofundo verdades em rabo de cavalo
Aborrecido no ranger menos minúsculo
Da cadeira raptada

Não me importo muito de narrar o nada
Serei espectador consciente da selva sem dor
Domador profundo de cardumes de metal
Simplesmente algo que sangra com menos intensidade que
a glória razoável de um
inspector sem longitude

Prefiro almas e muralhas Acropolizadas a
Gumes infernais de comodismo estreito
Sei do que percebo e menciono
Sei que Stonehenge é só um conjunto de lascas
Sei que faço parte de um empréstimo
Quando tiverem tempo, devolvam-me

Não tiro a ideia da ideia da ideia da cabeça
Conceito sem ceito, o Mickey é daqueles uns
Mais felizes, sorri ao abrir o guarda-chuva, veloz
no ápice gosto de fantasia aliterada

(ira infantil cortada de futuro)

Talvez a canção em escalas quebradas aqueça
este mundo inverso...

... e triture com salpicos
a invenção de um código novo

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Que Deus Preciso Adorar Para Poder Ascender?

Tosse confusa do lado esquerdo. Fiz tudo para a impressionar, até lhe revelei o meu lado mais pessoal sem sequer lhe conduzir uma simples palavra. É uma figura moderna delicada em imitação memorável de maestra. Espero que não seja muda, isso complicaria muito as coisas. Espero uma voz forte, ainda que ténue. Daquelas conjugações que não só mastigam palavras como também as apreciam. É isso que quero. Uma apreciadora. Devia ser natural uma preponderância artística da sua parte, um desejo cardinal de se fascinar. Não a limito, os seus gostos poderão ser os que forem, apenas quero ver como justifica as suas escolhas. Pensamento como faísca usada a reacender-se uma vez mais só para mim. Almofada onde modelaríamos o conseguido e o obtido conseguinte. Seria guiado a um universo de atracção imbatível.
Eu, que aprecio sem me fascinar propriamente.
Eu, que vejo buracos no céu e a mulher gigante.
Consideraria redenção.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Messias Comprometedor

Vou começar a descomplicar as ocorrências mais básicas deste sistema. É uma necessidade absoluta nos últimos dias, visto que sinto que o que não respira intervém em mim de forma mais positiva e abrangente do que o habitual pensativo e pulsante que me rodeia. O que não respira não me magoa. Mesmo assim continuo a deixar-me levar por imediatismos espontâneos, sou o soberano máximo da privacidade exposta. Daí a decisão da descomplicação.
Preciso de fuga, não de ninguém, há muito mais, há tanto mais
Será fácil estar de pé quando a consciência nos assegurar que está tudo bem.
E está tudo bem, não está? NÃO ESTÁ???

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Exercício De Falta De Inspiração

Realidade realmente depressiva
Sem saída sem saída e nunca sei o que digo
Alimento-me do equalizador saudável à minha esquerda
Esqueço-me por uns instantes

Ontem

Furei os olhos a um anjo adormecido com agulhas em sintonia
Segurou-me o cabelo ao sangrar misericórdia
Sobre sonhos diurnos
Pobres asas! Nunca se tinham defrontado com um aprendiz de farmacêutico!

Não sou normal nem anormal
Só um desses interessados em aço cirúrgico
E metal extremo
Também evoco vocábulos de desenhos animados
E diversões fatalistas, afinal
Penteio trolls em miniatura como tributo às mulheres feias

Hoje

Sinto-me grande, maior que um (inserir jogo de palavras genial)
Os meus olhos estão mais cansados do que (inserir comparação hiperbólica)
E o frio trespassa a minha alma ... (inserir metáfora)

Conselho:Vira o lábio ao contrário
Y o u ' l l f e e l a l o t b e t t e r

Sou demasiado louco para revelar fantasias
E os sonos de elfos com nomes
E os nomes de mulheres que se parecem com elfos
E um dia passeei com um elfo
E haviam trovões no silêncio
E engravidaram os céus com barulho
E estava a chover no silêncio
E o elfo com cara de mulher falou-me com voz de mulher
E um relâmpago no céu soletrou em luz o seu nome

( . . . . . . )

Vejo-te nas sombras em prazer refrescante
E escolho a imprevista no meio da dança

Não há lugares desabituados nem almas desabitadas
Não há
Contornos de imaginário na tua realidade

Escolho-te
Sem saberes

Sem saberes
És minha

Acontecem-me bloqueios mentais em jogos psicológicos
Inspiro inspiração
E ela não chega!

Amanhã

1+1= ERRO