sábado, 19 de novembro de 2011

Very Thin Ice

Um mundo cheio de explosões cria-se do talento de recriar janelas e televisões, sair para recuperar ar fresco, povoar rimas difíceis, voltar pronto a estrear, fase de aprendizagem completa, em observação repetição, sair à noite com os pais, um ego enorme precisa de escolta, amuleto derretido para fazer um mais forte, vamos derivar para encontrar um resultado, um título que surpreenda alpinistas e sonhadores de nuvens, ponto de partida final, excêntrico. A fórmula para combater o azar da autonomia.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Thanks Snake-Haired Bitch!

O olhar de uma modelo menor, extravagante cartilagem, a roer as unhas em quieta destruição, nos tempos certos, nos templos adequados, na vibração fixação do eco, mexe a boca, alimenta-se de bochecha, seguimento da necrologia, o homem que morreu duas vezes, dia das pessoas simpáticas, o anúncio mais importante de sempre, os melhores dos menos maus. Adequa bege à composição final de uma cara em anti-ruínas, domesticação da pele em caixão resplandecente, improvisado. A enumeração é intuitiva, feroz saída repentina, vou descrever durante 53 dias a visceral solução que expulsas, um alien líquido fofinho. Gratificante saliva em modo aleatório.
Deslumbrante como um peixe de vidro, inutilizável, para admirar e situar devidamente. Está mais perto da morte que do choro. Ajustar a cara para resultados mais favoráveis, heavy glow. A permanência da espera, ruptura original, o pecado réplica, santificado em nosso nome. Brutalizar intromissões, emissões certeiras, o que se quer ouvir, um prego só, a decorar o que seja. Agora detalhes: quando a mamã e o papá discutem, as veias alteram-se, pulsam. A mamã usa um vestido verde. Meninas hippies atravessam paredes de soslaio: as fabricantes do uau, Proposta número um: não ficar nem riscar mesas, alvejar dialectos, o disparate perfeito, era uma vez uma bolacha com sabor a lixívia.

sábado, 24 de setembro de 2011

O Burlesco

Em cama de vinil, o sol ajustado com rigor, puxa a fita, aperta a veia, arde com máscara de palhaço, um yuppie conta mitos de sedução pouco comprovados, o anfitrião do verbo recita exercícios sobre cortes profundos acidentais na intersecção das pernas, submeter-se às vantagens do gelo escorregadio, a minha dor dói mais, sou forte e independente, a voz da afro-liberdade, o sangue larga faíscas femininas, a engrenagem do abraço interminável, elogio do assédio, beco com saída à direita minúscula, tão diferente, propriedades da desesperança, de incinerar animais lindíssimos, calor extremo, microondas, segurança de uma voz grave, sempre que falo é relevante, estou a sentir uma série de coisas, criatividade incapacitada, cheia de lesões em reconstrução básica, agora sou produtor musical, imolação, celebração do burlesco.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

No Antigamente os Deuses Gritavam

Alto. A quem quisessem. Topos ocos de montanha, sem sair de casa, inventa-se uma. 18 carros mortais, pecados em miniatura, diabruras consagradas, espantadas. Saltar na lua: a gravidade da situação, sacrilégio imediato. Um Deus monogâmico adepto de muffins, a santidade do açúcar refinado. Enumeração fulcral, assistir à ascensão dos músculos, adversário de adversidades, promessa de intimidade, um sinal de realização, o anjo de sinal na vulva, revolve, contaminação perfeita sintetizada em laivos de necessidade. Existo.

domingo, 31 de julho de 2011

Explicações I

e se existem gritos, existem.
benefícios de uma lua hipocondríaca, firme na crença.
cereais recheados de putos suburbanos, a arrogância do leite embate nos dentes, os dentes não se inventam,
subsistem.

dei a mão a um puto pouco suburbano, não o trinquei, nem brinquei com o que dizia, explodia.

entra-se de joelhos na capela, sem risadas. Há vinho grátis, rezas duas vezes e mergulham-te em sangue divino, também há àgua que limpa, cânticos.

duplica as vezes que te sentires, a confusão do arrasto, meandros, violinos e letras suicidas.
a unilateralidade fixa, pouco orquestrada, tasca-moribunda, confesso definições, somos amigos de amigos.

o cadáver despachou-se com pensamentos pré-concebidos. Escreve-me de volta, rodeia-te de mim, não me deixes continuar em lenda impessoal, é desumano existires para não me ver.

senhora melodrama, vítima de si, senhora dos outros. Uma oração.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Realidade Altamente Colorida

Alongar a pele branca, pacotes de leite e malabarismo exibicionista para agradar para agarrar a simpatia dela sentada em escada severa, gesticula com gravidade, mostra a confusão das cores, coisas que se mexem e desaparecem, vamos animar, divirto e provoco comichão, visto-me de outra coisa qualquer e fico em frente, para dissipar, visto-me e entro numa REALIDADE ALTAMENTE COLORIDA!

Queria agradecer a toda a gente que me agradeceu e que tornou possível esta possibilidade, imagem como ode a ruínas em movimento, pernas ásperas permitem libertação, accionam estabilidade ao desejo criador, epifania emancipadora, castigo nuclear pede continuidade, pede vibração epiléptica portadora de sentimentos inclassificáveis, o que ocorre não se responde com uma palavra, o esterno estala momentaneamente, neste colapso peço-te cálcio, peço-te para não definires nenhum arrepio, pele do tamanho de neve, hoje animo-te com o poder da transfiguração, a cor da tua estátua pertence ao corpo do cosmos, enquadrada e multifacetada!

Há mais para dizer do soutien-estrela, desceu ao mosaico, vítima de confiança, esta casa tem uma bíblia na entrada, letras miudinhas, semi-nova, facilmente influenciável, é improvisável construir uma casa de memórias, o sofá garrido laranja não sobrevoa a sala, está fixo no chão, em frente à televisão, lá se massaja o áspero das pernas, retira-se com ávida garra os vestígios de contacto. Primeiro ponto final da trilogia. Eis o toque como acção reafirmadora, descritiva. Permite relembrar subtilmente sem floreados exagerados. O que se vê e não escapa. Pó inofensivo de imaginação. Almofada. A clarividência da simplicidade.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Por isso rebenta

sempre. A versão linear da simetria, simplificação de regras a manter, o embaraço da liberdade. Uma cara tem elementos próprios, eternos, replicáveis, chuva inclinada, o decote da Lua, o apelido do Céu. Requer-se altitude e carne crua para sobreviver nas montanhas. Habilidade para contar insectos e coerência. Os contornos de uma pessoa nova, melhorada graças ao milagre da arte visual. Passar dias em rabiscos para decorar paredes. Apetece-me melhor. Exercício físico hardcore, ela promove inspiração com a munição que antecipa. Acordar perto de um anjo-menina em naufrágio discreto-mirabolante. Fulminado por imaginação de buracos e defeitos. Um anjo-menina em directo. Minimalista.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Inquieta, ataca com tosse. Enquadramento rebelde, orelhas ansiosas, protuberantes. Rebelde é uma tatuagem esborratada na omoplata. Aos 50 anos. Sem mangas e sandálias, rebelde é devorar o cérebro com uma colher. A aritmética da face desgasta-se, usada, velha dominatrix de peluche. Desportos radicais na praia, actividade flácida, hoje sonhei com moscas. Pensamentos livres pouco interactivos, perigosos em comunicação interna |interrupção| axila axila porta astigmatismo. Estou ao meu lado e não ocupo demasiado.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

As Paragens do Mundo/ Inferno Por Engano

Ela observa e pelos seus olhos leio. Uma volta no pesadelo, sons são cúmplices de poluição, treino para o êxtase, hilariante sobriedade da não-pretensão. O alvo é com quem menos mal te sintas. Berlindes nas órbitas são frios, coragem para irromper em violência, calcular as vezes de liberdade total, podes, deves, faz, gelado-cigarro, beleza na ferida, diversão é solução, pessoas para criar, nomear, fascinar. Intocável e estóica, não se apega a nada que não possa largar, lasciva e despreocupada, a alma fugiu-lhe num salto de bungee-jumping.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

there are marks all over you

A maneira de se sentar numa mesa. A maneira própria. Chão escorregadio, pingos inversos, sapatilhas submersas. És impermeável? Miserável nas ameias? Retrato capturado em alta velocidade, amigas com fracturas em comum, mostra-me a tua. Apunhalado no lugar errado. Braços intercruzados, love me, love me, love me, latitude e longitude em matrimónio ADEQUADO!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Imortalidade Parcial

Intimidade vs Fricção. Descoberta do tempo estéril, evasão explícita, vontade de joelhos magnânimes magnéticos, colorir pelas linhas, trazem-se notícias com pescoço largo, penduram-se automaticamente em portas, entradas. Um rei com anfetaminas, uma pedra preciosa. O túnel permite imortalidade com perdas de identidade. O ser benéfico resigna-se arriscando multiplicidade, inteiro no voo, promíscuo mental. Ser muitos, absorção na individualidade, a Esfinge que pergunta, responde, racionaliza e oblitera. Os melhores pensamentos vivem numa galáxia de sucata, supernova expectante, parcial.

Processo Contra o Retrocesso

Como se explica a falha, o avanço? Aborrecimento de voz rasgada, cada dia é um bocadinho melhor, fachada masculina com fé enorme, aceitou o apelo, os males da reprodução divulgados, leucemia explosiva, o melhor ser humano, maratona para gastar sapatilhas, o primeiro dia, a mãe de uma menina que não sei o nome.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Senhor À Minha Frente

Ele é pequeno, não ocupa muito espaço. São as vantagens de viver perto de um lago, a comunicação sem palavras sem cedilhas çem entusiasmo. Já vou ter contigo, já te mostro o meu manifesto, é longo e observa o que diz, aprende o que sabe, regurgita o vivido. Nomes de ruas cada vez menos imaginativos, obedece-me agora porque me olhaste com fúria, nada foi preciso ser dito, entreguei-te o chaveiro, entreguei-te o gosto de comunicar sem ti, não estava à tua espera, tens o sol aos corações e agora fumas comigo, é um de cada vez, somos felizes e envelhecidos, é fácil de reparar neste casal, somos compulsivos e usamos fatos de treino. Alergia à exposição mas escrevemos um para o outro, unimos as letras e o tabaco, uma lista de compras rasurada na mesa, caneta brilhante provavelmente nem funciona, ar puro, volto já em mais alguns segundos, venho já, vou comprar um frasco de algo enlatado.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Rearrange The Sky

Inicia o processo de arrependimento. Não te devias ter feito menor, superficial, estranhamente adepto de padrões elevado. És um possível alvo, uma beata em reconstrução, uma besta sumptuosa no jogo mundano, beleza em estrada de bichos atropelados. Começou mal mas foi melhorando, oráculo imaculado, pronto a ajudar os espíritos de pobres ou o inverso. São imediatas as ideias, os poços cristalinos de agridoce involuntário. Manipula a vontade, a necessidade de repetir os 3 nomes que exibes. Incutir transe em vista da necessidade. A necessidade deriva da escassez. És-me parte do todo, inevitavelmente. Templo de ossos recheados de framboesa, agora a medula esvai-se e torna-te ligeiramente mais completo. A sintonia dos batimentos, sincronizar corpo com conversa. As letras, levar a laranja à luz. O descobrimento.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Nem Cor.De.Rosa

Um iPod não é homossexual nem tem religião. Fala de assuntos pertinentes, claro que sim que fala, não proíbe nada a ninguém nem a si mesmo, é livre de escolher escolhas, livre de degenerar em pensamentos menos favoráveis ao seu futuro. Contudo, é prático: examina as vantagens de ler com um só olho e de atribuir características humanas a objectos inanimados. Raramente se sente infeliz ou grandioso. O intermédio afectava-o como também não o afectava. Gostava muito de repetir o que lhe acontecia, mestre da vulgaridade em alta escala. Incentivar o gatilho da novidade não era frequente, nascido pronto a limitar as suas opções a sons.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Só Se Morre Uma Vez

Este é o primeiro dia da primeira morte. Um vagabundo de queixo delineado dava um bom modelo. Relação entre frases: tarola descontrolada apaixona de ritmo Percussão, fêmea afugentada por sons brutos. Pediram, eu dei.

És-me estridente e pensativa, pouco permissiva, alcunha colorida, unha que respira, ninfa da linguagem. O que não se expressa memorizas. Classe do Inferno, permitia cuspo dela gélido que fosse, sempre com cálculo e postura. Está a dar um filme. Não sei o que quer de mim. Um ilusionista desaparece na multidão. Facilmente. Reencontrar vícios é belo como admirar mármore. Uma filha de prata termina em segundo lugar. Montanha russa é perigosa, ataques cardíacos também, olhares íntimos constituem armamento.

Dá-me razões para não viver, juramentos inquebráveis, acordos definitivos, penitências sérias, dá-me a igreja de ti, o que intrusivamente escondes, o que não tens medo, o que aparentas, a fachada. Exactamente o que não és, o que não conheço, o que não vou conhecer. Garante-me a tua faceta mais absoluta e morro inédito. E morrer é brutal, à falta de outros adjectivos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Comunicado

Passaram 6 minutos desde o início do groove espontâneo, guerra da dança e sonoridade, junkies explodem com agulhas no esterno, limão efervescente, paredes de sonho e amnésias!

Com eco as palavras estendem-se, ficam + loooooooooooooooooooooooooooooongas. Passaram 5 minutos desde que dissipei o megafone, ela deixou de falar, deixou de me ouvir desde que comecei a ler mais, é triste pensar e reabilitar-se.

Vou sonhar com sonhos a ter sonhos. Passaram 4 minutos desde que vi uma menina pálida a ensinar um papagaio a raiz quadrada de números primos. Uso um emblema autografado por mim tem valor e a voz do Neil Young quando o primo.

"Boa tarde, passaram 3 minutos desde que disse desde". Apóstrofe é uma palavra bonita, colheres de chá são pequenas e queridas, amorosas. Eles magoam-se com armas de plástico, driblam conversas bubblegum, escondem-se mal escondidamente.

Passaram 2 minutos desde que me atrasei para a Luz, bebi um shot de ouro na esperança de redenção, é hoje agora visto-me de branco e aguardo. Há salas de espera reservadas ao atraso.

Passou um minuto desde.