sábado, 24 de setembro de 2011

O Burlesco

Em cama de vinil, o sol ajustado com rigor, puxa a fita, aperta a veia, arde com máscara de palhaço, um yuppie conta mitos de sedução pouco comprovados, o anfitrião do verbo recita exercícios sobre cortes profundos acidentais na intersecção das pernas, submeter-se às vantagens do gelo escorregadio, a minha dor dói mais, sou forte e independente, a voz da afro-liberdade, o sangue larga faíscas femininas, a engrenagem do abraço interminável, elogio do assédio, beco com saída à direita minúscula, tão diferente, propriedades da desesperança, de incinerar animais lindíssimos, calor extremo, microondas, segurança de uma voz grave, sempre que falo é relevante, estou a sentir uma série de coisas, criatividade incapacitada, cheia de lesões em reconstrução básica, agora sou produtor musical, imolação, celebração do burlesco.

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