segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Complexidade

Eras tu a minha raiva incandescente. Pequeno padrão à deriva, fortalecido por críticas desconhecidas, engrandeci-te com o poder mirabolante da antevisão. É divertido construir personalidades do nada, foi o que aconteceu contigo. Olhei para ti e decidi-te.
Agora que menciono isto, é real, torna-se exacto. Sou real, ligeiramente exacto. Como um relógio, como um X-acto perdido no abecedário.
Fascínio, foda-se! Fascínio, foda-se e aliteração! Que palavreado dócil, repararam? Isto de criar o inconcebível esgota-se mas é saudável. Dominar palavras redutoras é constantemente um diálogo de uma boca só, mas sobrevivo, de alguma forma.
Tenho estas coisas a trovejar no meu dentro tão interior. Eu, o antes normal que agora cria o que soluciona, que recorda e concretiza, apunhalado na infinidade da imaginação.
Se quero uma mulher, elaboro-a. Se não gostar dela, faço outra. Tanto a explodir, génio da lâmpada sem lâmpada visível. Amo e senhor, escravo sem embelezamento Disney.
As imagens podem ser reais. Aqui não há Segredo. Não é perigoso se ninguém souber.
Efeitos secundários? Uma cicatriz que ontem não me lembrava. Gosto do preço que pago. É justo
Limito-me a criar o tudo. Até ofereço arte para os pseudo-intelectuais.
Nada me afecta. Nada me seduz nunca mais. Nada me emociona.
Porque o mundo não é mais frio do que o gelo parece, porque transformo leite chocolatado em artes mágicas, porque me permito a permitir-me e sou a minha clara permissão.
Fixado em doses maciças de grandiosidade, destruo o infortúnio da complexidade.
Devoro o meu vírus como um pequeno almoço ligeiro.
Destruo-me.

Um comentário:

Anônimo disse...

.äs taõ estranhamente maravilhozO


Assin. 7 do nove de dois 1000 e 8