domingo, 10 de agosto de 2008

Intimidade Aproximada

- Olá!

- Bom dia!

- Bom?

- Sim! Dia. Um dia bom hoje.

- Pois, não sei. levantei-me há 17 minutos.

- Certo, mas acredite em mim. Hoje é um bom dia.

- À conta de quê? Há borboletas no ar?

- Algumas...

- Onde?

- Não sei.

- Estão perto?

- Já lhe disse que não sei, mas se encontrar alguma, digo-lhe onde estão.

- É muito simpático o senhor. Como se chama?

- Sylvia.

- Nome bonito. Parece até de rapariga.

- Mais ou menos. Mas já me habituei a estar descalço.

- Eu também! E até se torna mais confortável.

- Claro que sim. Tens lume?

-Algum.

- Era só para saber.

- Muito bem. E como vai o olho?

- Melhorou, agora já posso falar em condições.

- Isso é que é preciso. Eu também ja tive alguns problemas desse género mas curei-os com um pouco de nostalgia.

- Deixe-me adivinhar. Tropeçou no acaso?

- Nem mais! E sinto-me melhor que nunca.

- Sabe como se diz, "À noite todos os gajos são parvos".

- Ora aí está! E com noites assim já só quero dias bons.

- Realmente, está um dia bom, não está?

- Bom dia, mesmo!

- Olá!

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