quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Fábula Sonho

A tua mão envolve formas, identidades
Absorve isto e tudo mais, liberta
Manchas, falsificação na tinta
Moderna arte, descalçar-se no cinema, liberta
Mundo claustrofóbiconvidativo
Um brinde ao meteoro
Com sabor a morango
Pepitas reconciliadoras simulando a negação
Forte o cheiro da negrura deliberada
Penteada de forma irregular para não ver a cicatriz
Hoje as flores não abrem
Mas espera-se pelas sereias do espírito, acariciadas
Sonolentas nos círculos demenciais
Tu e nós e elas e todos
Orvalho aquece jardins frios
Estátuas muitas escondem as flechas
Mexem-se uma vez por lua
Sentem a pedra a descongelar
O sumo da fábula protegida
É este, aqui, o sonho
Fábula sonho
Pisca, reaparece, sou
O que há a dizer, inventa
Se há a dizer, inventa

Nenhum comentário: