domingo, 11 de maio de 2008

Doenças e Diversões II

Sente-te bem para te sentires bem
Deixa-me ler para mim
Não chegamos às cadeiras, ele colocou-as demasiado alto
Serve-te da dor, rejubila
Paredes circulares lavadas no silêncio
Dinamite no soalho, perfeito, refeito
O chão continua sujo e primordial
Convidei alguns escaravelhos sedutores
"As crianças não deveriam desaparecer afogadas"
Espadas na taverna estável, a luta foi ontem
Robusta iluminação, efeitos de magia comprometedora
Partimos a sombra de um padre cego
Há um buraco na esfera desprotegida que guardo
O Diabo e o Sol juntaram-se para um copo
"Senhor, eu pequei"
Ajoelho-me nos degraus de um demónio menor
Preparei-me todo para ele e a sua vingança
A confusão gera palácios
Salas incompreensíveis de suor e pedra
Limites imensos impostos imperdíveis
"Dança nos lábios do vulcão, fá-lo"
Saciada água pura, vamos vomitar só por divertimento
Documentários da altura sem câmaras ou lógica
Batida singular de traços que se perdem
Ácidos no mundo, cores criadoras famintas
"Preciso de uma estrela para brilhar no meu colo antes de adormecer"
É isto, salgados fora do prazo
Álcool sanguíneo lambido dos dedos mortais de simples renegados
Comprei ironia num leilão intimista
Abençoei cruzes sexuais amaldiçoadas
Conferi-me o estatuto de Inverno
Soou o cântico a impressionismo
Sou jardins sem verde
Ressuscitei o fantasma
"Ela ainda gosta de mim"
Inoportuna nos desvarios crónicos
A louca cuspia balas sem pestanejar
A louca está viciada nos segundos, mimada no tempo
Não há tempo
A louca matou-se no lugar

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