quinta-feira, 29 de maio de 2008

Drogas Com Sabor a Melancolia

Quero atirar-me contra a parede, percebes, porque eu não sei... é isto.
Apetece-me rir, apetece-me falar em jeito desconexo. Em 3 anos, se tudo der um giro esquisito serei internado. Já estou a ver o casaco de forças. E tudo branco à volta.
Não sei, acho que não sei, apetece-me melancia, sumo, claro, correr um bocado, mas não gosto disso, cereais, sim, talvez, misturo desejos, dominar a Natureza, experimentar vários sentidos, percebes?
O corpo como uma droga, viciado em mim mas nem queria, nem escolhi isto. Viciar-me noutra, também já está feito. Tenho pequenas doses dela. Não me chegam mas finjo que sim.
Queria ser não uma pessoa, ser coisas, acontecimentos, sardas, primeiras vezes.
Ver gatos a dançar, aqui mesmo, agora mesmo para mim o pensamento accionava as próximas acções.
Controlar com uma vontade contraditória.
Um soberano indeciso a mudar tudo, a juntar e a desfazer o puzzle.
Se explodisse não me regenerava, depende muito do impacto e do barulho.
Sim. Interessar-se é difícil, apaixonar-se é complexo.
E neste restinho de dúvida e certeza vou-me aproximando de aproximações de tudo que eu gostaria definitivamente de me aproximar.

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